terça-feira, 24 de novembro de 2015

Boneco é colocado 'pescando' em buraco em avenida de João Pessoa

Um boneco com a placa ‘Pesque e Leve’ foi flagrado pelo G1 próximo a um buraco que fica em um trecho da Avenida Cruz das Armas, no bairro com o mesmo nome, em João Pessoa, na tarde desta segunda-feira (23). Ele foi colocado sentado em uma cadeira, como se estivesse pescando na água armazenada no buraco, com uma pedaço de madeira, representando uma vara de pescar.
O motivo de colocar o boneco neste local, segundo Edmilson Soares, morador do bairro, é protestar contra a abertura frequente do buraco na pista. “Esse boneco é o Zé da Buraqueira. Ele vai ficar até o problema ser solucionado, de fato, não de forma paliativa”, explicou ele.
A Secretaria de Infraestrutura de João Pessoa (Seinfra) informou que o buraco onde está o boneco é de responsabilidade da Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa). Por sua vez, a assessoria da Cagepa infomrou que, às 17h desta segunda-feira, equipes de manutenção estavam se dirigindo até o local para verificar o caso.

foto walter paparazzo


De acordo com Edmilson, o boneco aparece quando as pessoas estão desenganadas e sem esperanças nas resoluções dos problemas. Desta vez, Edmilsom explica que ele apareceu para ajudar os moradores do bairro a pedir pelo fechamento do buraco. "Não sabemos o que foi enterrado aqui. Faz anos que esse bucaro abre e fecha. O mais incrível é que Zé da Buraqueira conseguiu até pescar um peixe nele. Existe o pesque e pague, aqui é o pesque e leve", disse o morador do bairro.





G1 PARAIBA

Ministério da Saúde registra 96 casos de microcefalia na Paraíba Boletim de uma semana atrás dava conta de 21 casos registrados na PB. Relação com zika vírus continua sendo a principal hipótese para surto.

A Paraíba já tem 96 casos de microcefalia registrados, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados na manhã desta terça-feira (24). O boletim epidemiológico anterior, divulgado no dia 17, dava conta de 21 casos notificados. 
De acordo com a Ministério, a Paraíba é o segundo estado em registros, abaixo apenas de Pernambuco, onde já há 268 registros. Em todo o país, o Ministério já contabiliza 520 casos em 160 cidades de nove estados. Há uma morte sendo investigada.
Nesta terça-feira, o Ministério divulgou também que a principal hipótese para o surto continua sendo o contágio por zika vírus – identificado no Brasil pela primeira vez em abril. Em dois casos de bebês com microcefalia em Campina Grande, já tinha sido confirmado a presença de zika vírus na placenta. A microcefalia faz com que o bebê nasça com o crânio menor do que o normal.
Relação inédita
No balanço do dia 17, o Ministério da Saúde informou que a epidemia de contaminação por zika vírus registrada no primeiro semestre é a "principal hipótese" para explicar o aumento dos casos de microcefalia na região Nordeste. No mesmo dia, exames feitos com o líquido amniótico de dois bebês com a doença em Campina Grande confirmaram que houve infecção por Zika vírus durante a gestação.
O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, informou que as investigações sobre a relação da infecção pelo vírus com a microcefalia estão sendo feitas com cautela. "Vocês podem perguntar se isso fecha a correlação entre as duas coisas, e minha resposta é: 'quase'. Estamos sendo bastantes cautelosos, mas não se encontrou nenhuma outra causa até o momento. Tivemos uma circulação importante do vírus no Brasil no primeiro semestre, coisa que aconteceu pela primeira vez na nossa história", disse Maierovitch.
Maierovitch disse ainda que a relação entre o vírus zika e a má-formação genética "é inédita no mundo" e não consta na literatura científica até o momento. "Nossos cientistas, cientistas do mundo que se interessarem, devem nos ajudar a provar essa causa e efeito."
Apesar disso, o Ministério da Saúde não trabalha com a hipótese de que o vírus zika em circulação no Brasil tenha sofrido mutação e se tornado mais perigoso. “O Zika foi identificado em pouquíssimas partes do mundo. Foi no Brasil e no primeiro semestre que ele circulou com mais intensidade. Essas consequências 'novas' podem não ter sido identificadas antes porque a circulação ocorreu em áreas limitadas", afirmou o diretor.

G1 PARAÍBA